Por quem os juros dobram no Brasil?

Autores

DOI:

https://doi.org/10.31061/redepp.v8n1.06-13

Palavras-chave:

Taxas de juros, indexação de preços, Metas de Inflação, Capitalismo Rentista, Brasil

Resumo

Este artigo tem como objetivo discutir as razões para a taxa de juros cronicamente elevada no Brasil. Argumenta-se que a alta taxa de juros é a causa, e não a consequência, do desequilíbrio fiscal do Brasil nos últimos 3 anos. Um nível elevado para a taxa de juro é o resultado de muitas razões estruturais e institucionais. Do lado estrutural, a economia brasileira ainda apresenta um alto nível de indexação de preços devido à estabilização inacabada feita pelo Plano Real. Do lado institucional, a rigidez do Arranjo Institucional do Regime Brasileiro de Metas de Inflação, expressa em metas irrealistas para a inflação e o uso da inflação global em vez da inflação subjacente na definição da meta de inflação, cria um viés para o Banco Central aumentar a taxa de juros mesmo quando o comportamento da inflação real não predefine nenhuma pressão ascendente consistente, como é o caso ao longo do ano de 2024

Biografia do Autor

José Luis Oreiro , University of Brasília (UnB)

Associate Professor at Economics Department of the University of Brasília (UnB); Professor of the Graduate Program in Economic Integration of the University of Basque Country (UPV, Bilbao/Spain); Professor of the Graduate Program in Economics, Management and Mathematical Methods of Tuscia University (Viterbo/Italy), Level I Researcher of the National Council For Scientific and Technological Development (CNPq/Brazil), Coordinator of the Research Area “Developmental Macroeconomics: perspectives from the Global South” at European Association for Evolutionary Political Economy, Senior Member of the Post Keynesian Economics Society and Coordinator of the Structuralist Development Macroeconomics Research Group

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Publicado

2024-12-31

Como Citar

Oreiro , J. L. (2024). Por quem os juros dobram no Brasil?. Revista De Desenvolvimento E Políticas Públicas, 8(1), 06–13. https://doi.org/10.31061/redepp.v8n1.06-13